sexta-feira, 20 de junho de 2008

Goodbye Blue Sky

SONHO

Sonho de criança que acaba com um grito
De longe, bem longe
Na terra longínqua que não se alcança
Não se avista no horizonte
Tristeza do vazio deixado pelo vento
Que levou a nuvem da imaginação
Lágrima que escorre pelo rosto da destruição
Levou a vida, deixou a morte
Levou a alegria, deixou melancolia
De uma vida, uma imagem
De tudo o que era e deixou de ser
O retrato do mundo
Tal como o fizemos e moldamos
Rasgou-se e partiu com o vento
Restaram sonhos
Restos de pessoas e conhecidos
Ficaram intenções sem compromissos
Ficou o tudo do nada que queria ser e não foi
Ficou o grito que destruiu o sonho de alguém
Ficou a lágrima do pesar da morte do mundo

sábado, 14 de junho de 2008

Melancolia

Sensação de infelicidade.
Dou por mim a desenhar o abstracto que não se tem.
Quem me dera...
Sinto-me mal, mas não sei porquê
Quero chorar, mas as lágrimas não saem,
Quero desabafar, mas sobre o quê?
Resta-me escrever...
Talvez alguém um dia leia isto...
Ouça isto... Mas isto o quê?
Não estou a escrever sobre nada...
Quero chorar... Não consigo...

terça-feira, 3 de junho de 2008

You know I had my share

Poema escrito por Paula Rodrigues

Quando tu morreres

Quando tu morreres
Não me peças para não chorar,
Não me peças para apenas me relembrar,
De tudo o que foste,
Do quanto foste importante para mim

Não me peças para não chorar,
Pois recordar-me-ei de ti
E não te poderei abraçar,
Nem te resgatar desse lugar sem retorno.

Quando tu morreres, peço desculpa,
Mas chorarei, e cada lágrima representará a saudade
Que correrá dentro de mim.
Não chorarei por estares de partida,
Chorarei por teres de seguir a morte e não a vida,
Chorarei porque já fazes parte do meu coração,
E não queria ficar na solidão,
Não queria ficar sem ti.


Depois de um passeio por Belém...

Poeta pescador

Poeta sentado que olha o rio
De noite
Sobre a luz das estrelas que ardem
Rodeado pela neblina da superfície da água
Cheiro que emana do sal e do esgoto
Do peixe e do pescador.

Poeta,
Pescador de ideias,
Sentado ao relento
Esperando pelo seu peixe
Para depois o lançar de novo ao rio
Das emoções,
Dos sentimentos,
Da escrita,
Da poesia sem fim que não rima
Mas sente e faz sentir eternamente.

 

O Caixotinho da Lina © 2008. Chaotic Soul :: Converted by Randomness