segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Tick Tick Boom

Olhar vazio que agarra o infinito sem fim
Fixo na linha do horizonte,
Num sonho perdido e interminável.

O acordar que não chega nem nunca virá.
Prisão perpetua no hiato da imaginação.

Sinal de fumo que vem de longe, muito longe,
Salvação de um possível imaginário real e fantástico
De um desejo que é pesadelo e tortura,
Da vontade de ficar consciente e conseguir pensar,
De me conseguir levantar e encarar o mundo como ele é...

domingo, 16 de novembro de 2008

The Dark Side Of The Moon

Injustiças de um mundo supostamente justo
Mentiras de pessoas verdadeiras
Verdades escondidas por de trás de mentiras mal contadas
Historias fictícias de uma verdade inexistente

Desequilíbrio de uma balança que nunca estará equilibrada
Dicotomia entre verdades, mentiras e tudo
... do tudo pouco se aproveita,
Do nada tudo se sabe...

A verdadeira face do mundo nunca será revelada
A veracidade das coisas já é mais que uma falácia
Mentiras e truques, tudo e nada...

Já tudo se mistura

sábado, 8 de novembro de 2008

Habataitara modorenai to itte

A diversidade das pessoas
E a sua falta de sentido
Fazem com que tudo e todos
Sejam únicos
O sentido que damos ás pessoas e aos objectos
Não faz, em si, sentido!

Cada um é uma interpretação de si próprio
Somos uma mistela de vivências, sentidos, sentimentos, pessoas.
Cada um é a junção de vários

Os desabafos de cada um não são sinónimo de como se sentem realmente
Os desejos de cada um não representam os objectivos que queremos atingir

Das palavras aos actos
Do pensamento à acção
Existe uma diferença e muito mais

Não sou mais do que palavras, versos, coisas escritas....
Eu se calhar nem existo..
Sou o desabafo de um desabafo que vai morrer e voltar a renascer...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Inutil caminho

Longa viagem sem fim nem partida
A chuva bate na janela
O som da água escorre para o ouvido

Viagem incansável que quero completar
Mesmo sabendo que no fim só encontrarei a morte... no meu fim

Perdi a vontade à muito,
Mas continuo a viagem...
A vontade deixou de ser uma necessidade
Alcançar um qualquer objectivo é o importante

Conseguir alguma coisa
Por mais pequena que seja,
Por mais insignificante que seja,
Por mais inútil...

Quero deixar de me sentir inútil....

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

"Se eu não morresse nunca! E eternamente buscasse e conseguisse a perfeição das coisas"

Pensamentos, pensamentos, pensamentos,
Só isso..
Já não há muita coisa que precise de fazer sentido...

Por mais que alguém queira explicar os porquês,
Eles acabam por surgir mais tarde
A razão que procuramos só aparece na altura certa

Porque é que precisamos de uma razão?
É preciso razão para existir?
É preciso razão para viver?, para escolher?..para morrer?
Chega de razões.. estou farta...
Chega de queixas.. estou farta...
Chega de tudo.. estou farta...
Só quero viver.. aproveitar.. descobrir

Ser feliz deixou de ser um objectivo se as pessoas não estão felizes
Ser feliz deixou de ser um objectivo se não há ninguém que me faça feliz
Ser feliz deixou de ser um objectivo se eu não fizer os outros felizes,
Se eu não alcançar os outros objectivos,
Se eu não cumprir com o que prometi a mim mesma, aos Outros, a Ele....

Deixei de ter problemas para acolher os dos outros, para ajudar os outros,
Para ouvir os outros, para perceber os outros..
Saber que os outros têm problemas faz-me sentir melhor???!!!! (vergonha...)
...Faz-me sentir que eu nem estou assim tão mal...

domingo, 19 de outubro de 2008

Forrester, William

A verdade é que sinto vontade de escrever
Mas não sei sobre o que
Escrever, simplesmente escrever
Sobre o quê não importa
O simples som das teclas faz-me feliz e completa

Escrever sem pensar e pensar sem escrever
Estranha realidade que me atormenta
As palavras em si nada significam
Este desabafo, sim! porque não é mais que um desabafo
...pouco me importa

Esta vontade passageira que vai e volta não tem razão
Não tem ser
Um ser sem sentido.. se calhar é o que sou...
...eu sou????

Pouco importa.. o que importa é escrever
Com ou sem sentido...
Escrever palavras, rimas, versos, textos, prosas...
Ooohhh escrever, escrever, escrever...
Que importa isto tudo no fundo????
Alguém vai ler isto... mas haverá algum interesse em perceber ?

sábado, 18 de outubro de 2008

O titulo não é relevante

Improviso lançado
Espontaneidade relevante
Linha de pensamento inquebrável
Guiada pela ponta dos dedos

Sentimentos que vêm à flor da pele
Pelo mal estar passageiro
Pela vida vivida nos últimos dias
Estado de espírito confuso e incompreensível
Mal estar que irrita e arrepia

Lágrima que não sai do interior
Hemorragia que não sara
Falta sangue, falta ódio, falta amor...

Cigarro que queima por fora e não sara por dentro
Fumo que leva o pensamento mas não a maldição

Mal estar que não tem razão de ser, mas de existir
Porque eu existo, mas não sou... porque eu não sei quem sou!

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Goodbye Cruel World

Abri os olhos
Vi um anjo
Paraíso, morte, VIDA!
...acordei! e descobri que tinha morrido...

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Noite Vazia



Ideias brancas, vazias,

Sem razões, ambições.

Vazio de vazio:

Cheio de nada,

De nada cheio.

terça-feira, 22 de julho de 2008

Lisboa


Águas que se juntam com o oceano,
Aconchegadas pelo fim de Lisboa
Foz que deu inicio à exploração do mundo.
Lisboa, simples
Tão bela e tão sem sabor
Irreverente e inconformada
Tu que foste o berço do novo mundo, das descobertas
Tu que abraçaste o desalento das famílias abandonadas
Foste deixada à deriva pelo oceano
Esquecida pela historia sem fim.
Queimada pela própria terra e reconstruída com o suor dos que te amavam


Hoje estás caída e só resta a saudade...

domingo, 6 de julho de 2008

Coming back to life

MEDO

Quero passar a ponte sem olhar para trás,
Sentir os teus passos para onde quer quer eu vá
Olhar-te nos olhos e saber que aqui estás

Naquele dia, naquela hora
Saber que te ia perder, saber que me ias deixar,
Medo de não ter dito tudo,
De não termos tido o tempo todo

Sentir que a vida é longa,
Mas o tempo é curto.
Sentir que tudo o que dissemos foi em vão.
Que o tempo nunca é suficiente para evitar a nossa mágoa.

Agora tudo é diferente, tudo mudou,
Tu ficaste e eu pude passar a ponte,
Porque sinto que me olhas de longe
Sem nunca me perder de vista,
Porque sei que não vais deixar que eu desista.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Goodbye Blue Sky

SONHO

Sonho de criança que acaba com um grito
De longe, bem longe
Na terra longínqua que não se alcança
Não se avista no horizonte
Tristeza do vazio deixado pelo vento
Que levou a nuvem da imaginação
Lágrima que escorre pelo rosto da destruição
Levou a vida, deixou a morte
Levou a alegria, deixou melancolia
De uma vida, uma imagem
De tudo o que era e deixou de ser
O retrato do mundo
Tal como o fizemos e moldamos
Rasgou-se e partiu com o vento
Restaram sonhos
Restos de pessoas e conhecidos
Ficaram intenções sem compromissos
Ficou o tudo do nada que queria ser e não foi
Ficou o grito que destruiu o sonho de alguém
Ficou a lágrima do pesar da morte do mundo

sábado, 14 de junho de 2008

Melancolia

Sensação de infelicidade.
Dou por mim a desenhar o abstracto que não se tem.
Quem me dera...
Sinto-me mal, mas não sei porquê
Quero chorar, mas as lágrimas não saem,
Quero desabafar, mas sobre o quê?
Resta-me escrever...
Talvez alguém um dia leia isto...
Ouça isto... Mas isto o quê?
Não estou a escrever sobre nada...
Quero chorar... Não consigo...

terça-feira, 3 de junho de 2008

You know I had my share

Poema escrito por Paula Rodrigues

Quando tu morreres

Quando tu morreres
Não me peças para não chorar,
Não me peças para apenas me relembrar,
De tudo o que foste,
Do quanto foste importante para mim

Não me peças para não chorar,
Pois recordar-me-ei de ti
E não te poderei abraçar,
Nem te resgatar desse lugar sem retorno.

Quando tu morreres, peço desculpa,
Mas chorarei, e cada lágrima representará a saudade
Que correrá dentro de mim.
Não chorarei por estares de partida,
Chorarei por teres de seguir a morte e não a vida,
Chorarei porque já fazes parte do meu coração,
E não queria ficar na solidão,
Não queria ficar sem ti.


Depois de um passeio por Belém...

Poeta pescador

Poeta sentado que olha o rio
De noite
Sobre a luz das estrelas que ardem
Rodeado pela neblina da superfície da água
Cheiro que emana do sal e do esgoto
Do peixe e do pescador.

Poeta,
Pescador de ideias,
Sentado ao relento
Esperando pelo seu peixe
Para depois o lançar de novo ao rio
Das emoções,
Dos sentimentos,
Da escrita,
Da poesia sem fim que não rima
Mas sente e faz sentir eternamente.

sábado, 24 de maio de 2008

Good times, Bad times

Quando morrer

Quando morrer
Não quero que chores
Não quero que vertas uma só lágrima por mim
Quero que pegues na mais intima nota
E a faças soar eternamente dentro de ti
...Dentro dos outros
Quero que a passes para os outros,
Para além de todo o universo


Quando morrer
Não quero ver a tristeza dos teus olhos
O luto do teu coração
Quero o improviso mais sentido e inimaginável
Aconchegado pela suavidade das teclas


Quando eu morrer
Tu ficas
E fica parte de mim:
O corpo,
As memorias,
Os ódios,
As alegrias,
Os nossos amigos... tu!

Escuridão

O cair da noite escura traz as trevas
Leva a vida do inexistente
A certeza do inexplicável
Luz do sol que desaparece


Raios comidos pela escuridão
Cercados pela imensidão do profundo vazio eterno


Versos tenebrosos são estes
Reflexo de maldade e insegurança
Espelho do vazio legível através dos olhos
Perceptível pela fala


Escuridão que cobre o dia e abraça a noite
Que invade o branco que resta de um mundo que morre...

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Dor

É PARA LER RÁPIDO! Se lerem devagar não tem tanto efeito ;)


Alma magoada eternamente pela dor que não sara
Dor intensa e profunda que magoa o coração
Sangue que arde e queima por dentro
Sem aparente razão, causa, efeito
Sai de mim, sai, não te quero mais
Vai-te embora não voltes, não te quero mais
Mas sei que voltas e quero que voltes
Quero que voltes pa dentro de mim porque sem ti não sou nada
A dor que faz viver
A dor que faz sentir
Escrever.....
Pensar, lamentar, corrigir
Ai, dor que sinto
Ai dor que quero e não quero
Vai e volta
Mas deixa-me só um bocadinho
Quando não estás sou só eu
Quando estás também sou só eu..
E tu, mas tu és eu
Mas só um bocadinho
Volta...nem que seja só um bocadinho
Porque quero sentir que sinto
Quero sentir que lamento,
Arrependimento.
Arrepender do arrependimento, da dor , do lamento do sentir, do viver, do ser......
Afinal quem é?
É a dor...a que vai e volta
Vai porque quer, volta porque quer, porque quero
Porque preciso
Porque preciso de sentir que sinto a vida a passar,
Viver sentir,
Sentir viver a vida que sinto sem dor
E com dor,
A dor que volta e eu sinto
E eu sinto que senti a dor que voltou.

Não percebo,
Mas percebi,
No momento,
No arrependimento
Confuso??? talvez...
Mas é a dor, a que vai e volta porque quer
E quero e não quero,
Mas quero sim!!!!
Não sei, talvez não...talvez sim
SAI! SAI! SAI!,
Sabes que queres sair, ou não???
Talvez voltar??
Porque não??? porque sim????
Talvez sim, talvez não..
Quem sabe,
Não interessa.
Desde que seja a dor,
A dor que faz viver e morrer, passar e lamentar.....

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Noite e dia

Silêncio que rodeia na noite escura
Grito que pressiste na luz que n existe
Solidão encantada que faz tremer
Por dentro aparece a tristeza e começa a chover

Não é chuva, são lágrimas
De amor, desamor, desgosto.
Caiem pelo rosto
Acalmadas pelas mãos
Não as tuas.. as minhas.

As tuas não estão cá
Porque tu também não estás
Foste, não voltas-te
Desapareceste.

E agora fica o que resta de ti
Sentimentos e desalegrias
Imagens e fantasia

A noite passa a dia...
A chuva passa a sol...
Mas tu......
Tu não estás cá!

A cor do Outono

Este é pequeno e foi feito muito rapidamente. O meu prof de guitarra queria um poema para compor uma música e saiu-me isto.

Eu não sei de cor
A côr que leva o vento
Quando parte para longe
As cores do Outono que foge
E da Primavera que se aproxima
As folhas que agora caiem
São flores que voltam a nascer

Ícaro

Este poema surgiu de um trabalho de português sobre os Lusíadas. Era suposto fazermos uma composição, mas saiu-me um poema :P

Ícaro

Era uma vez um homem que tentou voar,
Forjou as suas asas e acabou por cair, esquecido,
Porque quis fugir do labirinto do conhecido.
Ficou mito e apenas isso,
Pois tentou ter o que não era seu.
Caiu para as profundezas do desconhecido e lá morreu,
Deixando apenas um aviso:
Nunca voes demasiado alto
Se não sabes o que te espera!
Desafiou os Deuses e o céu e o pior aconteceu.
Anos mais tarde o mesmo aviso foi feito,
Mas desta vez o obstáculo é o mar, o oceano
O Adamastor.
O pequeno “bicho da terra” não ligou aos avisos,
Mas estando preparados
Ou sendo apenas simples loucos,
Conquistaram o impossível
E o que era tormenta, hoje é boa esperança.

Inicio

Este é o primeiro texto que deixo aqui! Espero que gostem.

Durante os próximos tempos vou pôr mais coisas, uma vez que tenho aqui uma data de poemas já feitos.
Alguns poemas terão algumas explicações, enquanto que outros não. Não me lembro de tudo lol

Divirtam-se... e comentem!!!!!!!
 

O Caixotinho da Lina © 2008. Chaotic Soul :: Converted by Randomness